Votos (de uma historiadora) para o ano novo

Que neste ano que está chegando nós fiquemos do lado certo da História.

Que percamos o medo e o asco de palavras e/ou expressões como “meritocracia”, “privilégio(s)”, “feminismo”, “politicamente correto” etc. Que tenhamos sabedoria e humildade para buscar respostas para aquilo que não compreendemos.

Que seja abolido do nosso vocabulário a ideia de “racismo reverso”. Que tenhamos paciência, sim, mas nunca conivência com aqueles que ainda acreditam nisso.

Que possamos aprender a dizer “desculpe, eu estava errado(a), por favor, me explique porque isso lhe incomoda”. E, mais importante, que estejamos dispostos a mudar de opinião, mesmo que seja uma opinião com o qual estamos confortáveis.

Que possamos entender que ser privilegiado(a) não é o mesmo que ser sortudo(a). [Obrigada, Sense8, por essa aí!]

Que olhemos ao nosso redor, dentro do ambiente de trabalho, no grupo de amigos, entre o pessoal da faculdade, em nosso círculo íntimo, e nos perguntemos por que há tão poucos (ou nenhum) negros, pardos, mulheres, pessoas trans, gays, lésbicas, pessoas de outras religiões etc. E que nos indignemos (e muito) quando uma das respostas for: “ah, agora tem de ter cotas para amigos?”.

Que não nos calemos quando presenciarmos uma injustiça sendo cometida, mesmo que tenhamos cometido aquela mesma injustiça um dia. Que tenhamos coragem para sermos melhores do que fomos.

Que repensemos os papeis que a sociedade procura nos impor. Mulheres (cis, trans, enfim, todos os tipos de mulheres), cortem o cabelo curto, comam o segundo pedaço de pizza, digam não à maternidade, joguem fora as giletes ou, se preferirem, façam tudo ao contrário, mas nunca, jamais deixe te dizerem que você é menos mulher por isso. E, em especial, não permitam que digam isso da mulher ao seu lado. Homens (todos os tipos, também), vistam rosa, brinquem de boneca, façam as unhas, sejam um exemplo melhor para seus filhos. Chamem a atenção dos seus amigos que ainda não tem o seu nível de consciência ou a sua oportunidade de aprender.

Que possamos ter dúvidas e medos e coragem para buscar ajuda. Que no lugar de “tolerância”, exijamos “respeito”.

Que neste ano que está chegando nós fiquemos do lado certo da História.

Mas que, acima de tudo, lembremos disso: a História é uma construção. Durante muito tempo ela foi escrita apenas pelos vencedores e, embora isso esteja mudando nas últimas décadas, nem sempre (quase nunca) quem frequenta a Universidade, quem produz o “conhecimento”, tem real oportunidade de entender a(s) realidade(s) que procuram retratar, defender ou criticar.

Então, se você tem dúvidas de qual seja o lado certo da História, escolha o lado daqueles(as) que não tem voz ou que tem dificuldade em se fazer ouvir. Escolha aceitar que você simplesmente possa ter estado do lado errado esse tempo todo.

Lisboa aos pedaços

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Relevante escrito no Mosteiro dos Jerônimos
(clique para ampliar/ler)

Há dois anos (e dois dias, se é para ser precisa) eu desembarcava no aeroporto de Lisboa para passar um semestre (okaay, foram cinco meses, na verdade) ali fazendo intercâmbio. Teoricamente, passei menos de quatro meses na cidade, o restante foi ocupado por viagens curtas (Évora, Madri, Londres e Glasgow) e no mochilão que durou um mês (Roma, Palermo, Malta, Nápoles,  Florença, Paris eeee Londres again). Mas Lisboa foi minha casa de uma maneira que nenhum desses outros lugares foi ~ mesmo Londres (iwish) que entre as duas viagens que fiz, passei quase vinte dias. Tirei, por exemplo, pouquíssimas fotos de Lisboa, num misto de “duh, eu vejo isso todos os dias” e de “ah, eu posso tirar amanhã”.

Não que eu me arrependa de não ter “turistado” mais por Lisboa, porque acho que curti a cidade do jeito que eu precisava, não por trás de uma lente, mas nos pequenos detalhes que sim, talvez um dia eu me esqueça, mas que vivi sem a pressa de um passeio com hora marcada pra acabar (okay, tinha hora marcada, mas era uma hora bem distante que às vezes dava para esquecer). É a rotina, eu acho, que torna as coisas mais nossas.

Quando, por exemplo, já passamos um pouco daquela fase inicial de “estou perdida” e já estabelecemos certas regras do ir e vir. Quando você não precisa mais checar vinte vezes para ter certeza de que pegou o ônibus (ou melhor, auto-carro) certo porque mesmo que não tenha, você sabe se virar para voltar para casa. Sabe que se pegar qualquer ônibus que te leve para Av. do Brasil ou da República você vai ter mais de uma opção para descer naquele ponto quase em frente ao Mini-Preço. E aproveitando que vai passar por lá, nada mais justo que reforçar o estoque de chocolates (que são tão, tão baratos em Lisboa) e batatas fritas com tomate, comprar aquele cream cheese imitação de philadelphia e um ou dois cacetinhos (opa!) para o lanche. E se estiver acabando a coca-light de 1 litro, melhor já levar outra, por segurança, non?

Daí você anda de volta pra residência universitária se perguntando quem estará cuidando da portaria e no caminho balança a cabeça para o relógio de rua que teima em marcar zero graus mesmo sendo um belo dia de primavera. Tocando a campanhia, às vezes você vai ter de esperar um pouco para entrar, mas tudo bem. Não é como se alguém fosse te incomodar ali do lado de fora. Lá dentro, se você não é a mais a primeira do seu quarto a chegar a chave não vai mais estar na recepção e talvez em vez de subir no elevador que só aguenta duas pessoas de cada vez, você decida ficar um pouco na cozinha, lanchando e em seguida batalhando por um espaço em uma das geladeiras para pôr a coca pra gelar, guardar o resto do cream cheese.

Talvez você converse com os outros brasileiros ou encontre o espanhol que estuda anarquismo, a italiana que faz medicina, o estadunidense que às vezes te faz companhia no cinema, o russo que vira e mexe pega uma bandeira e vai participar de um protesto lá no centro da cidade, a croata que canta “ai se eu te pego” com o sotaque tão fofo.

Mas com certeza você vai encontrar a búlgara mais simpática e doce do universo quando você voltar para o quarto e ela estará lendo ou conversando com a mãe via skype e vai te perguntar como foi o seu dia e mais tarde ela e a carioca de quem ficou tão amiga irão insistir que você vá com elas dançar lá no Bairro Alto, mesmo sabendo que você irá dizer não. E se você acordar antes dela, da búlgara mais fofa, você vai abrir a persiana com todo cuidado para não acordá-la, porque você sabe que ela tem um sono leve, leve.

E dependendo da sua disposição você vai para a faculdade de metro (sem acento, sim senhor). Disposição sim, porque vai andar um pouco mais até a estação. E talvez os velhinhos já estejam reunidos na calçada para jogar xadrez, mas talvez não e as peças ainda estarão guardadas em um saquinho debaixo da mesa e você vai sorrir sabendo que ninguém, ninguém irá mexer naquilo até a hora deles chegarem. Talvez você passe na lojonha dos chineses para comprar bugigangas ou ver o preço das malas porque você vai precisar de uma mala bem maior do que aquela com que chegou no aeroporto de Lisboa, meses atrás.

Na faculdade você não vai falar com quase ninguém e nem é por nada não, você gosta de observar o vai e vem, mesmo que tenha medo dos vãos nas escadas no terceiro andar. Você vai assistir aulas e aulas sobre medieval e sofrer aquele misto de felicidade e agonia porque como o jeito de ensinar deles é completamente outro. E vai fazer anotações e lembrar que rotina é feita das coisas que você preferiria não ter, como exames e provas e trabalhos. No curto intervalo entre uma cadeira e outra, você vai pegar um café com leite em uma das muitas máquinas espalhadas pelo prédio e pagar alguns centavos de euro por ele e vai aproveitar e comprar aquela fatia de bolo estranha e gostosa que você nunca achou em nenhum outro lugar. Se você resolver almoçar, você vai sempre passar por aqueles cinco segundos de pânico, se perguntando se vão aceitar a sua carteirinha, que é diferente dos demais. E vai sempre pegar a sopa junto com o resto da comida, embora desde que você voltou para o Brasil, nunca sentiu falta de comer sopa antes da refeição. E a comida pode não ser grande coisa, mas faz parte do ritual e é melhor do que ter de lavar o seu próprio prato na pia sempre disputada da residência.

E depois da aula talvez você decida assistir Os Vingadores pela 6º vez e nada melhor do que pegar um auto-carro até o McDonald’s próximo da Estação Saldanha e pedir três cheeseburgueres por um euro cada no cardápio Europoupança e o moço simpático que trabalha ali sempre vai te dar vários sachês de ketchup sem você precisar insistir muito como em todos os outros McDonald’s da cidade. E dali tu corre para pegar o metrô para o El Corte Inglês na estação São Sebastião e vai passar no mercado e pegar um litro de coca-light gelada para beber durante o filme. E você vai sempre achar engraçado quando na legenda aparece a Viúva Negra dizendo “malta” em vez de “pessoal”.

Em outros dias, depois da aula (ou num dia sem aula, como às sextas-feiras) talvez você tenha de ir até Cais do Sodré e lá pegar o 714 e descer um pouco antes do Belém para ir ao Arquivo Histórico Ultramarino, onde todos são simpáticos e as mesinhas de madeira escura tem luminárias individuais. Ou talvez você só queira mesmo um pastel de Belém de Belém (mesmo você jurando de pés juntos que ainda prefere o do Habbib’s). E voltando para o Cais você vai sentar ali em frente ao Tejo e ficar olhando o rio por um bom tempo, porque é bonito e porque você não tem hora para voltar. E na hora que der a hora, você até pode voltar de metro, porque é mais rápido, sim, mas se tem uma coisa que você aprendeu nas idas e vindas da sua rotina, é que não há nada como pegar um auto-carro para experimentar um pouco mais da cidade antes de dar o dia por encerrado.

OLYMPUS DIGITAL CAMERAEu dentro de um auto-carro lisboeta

2013: Goodbye and good riddance!

Logo após a Queda de Constantinopla em 1453, ninguém declarou em meio aos mortos e feridos um entusiasmado “YAY, ACABOU A IDADE MÉDIA!”, nem acordou no dia seguinte se sentindo um “homem da modernidade”. Como uma historiadora em formação eu entendo que balizas de tempo não são entidades naturais, mas construções feitas a posteriori baseadas em um zilhão de características e eventos. Em outras palavras: o fato de amanhã ser considerado o primeiro dia de 2014 teoricamente não significa nada. As coisas não irão mudar magicamente pelo simples virar da página do calendário.

Mas, putaquepariu, eu vou ficar tão, mas tão feliz em finalmente poder ver 2013 pelas costas.

Eu já tive anos bem ruins, em que verdadeiras tragédias aconteceram. Quando meu irmão morreu e meus pais se separaram em 1994, quando meu pai morreu em 2002, quando eu briguei com uma das minhas melhores amigas em 2009. Tragédias, sim. Mas foi, tipo, uma ou duas coisas extremamente ruins em meio a um restante de meses/semanas relativamente okays.

Porque sim, lidar com um súbito soco no meio dos olhos é péssimo. Você pode até ver o soco a caminho, mas acaba pego meio desprevenido e às vezes você cai no chão, bate as costas contra o concreto, seus pulmões são pressionados contra as suas costelas e você se vê completamente sem ar por alguns instantes. Mas passa. De alguma forma, mesmo que leve alguns meses, passa. Você volta a respirar e você olha para aquele soco, para aquela queda com tristeza, ressentimento ou o que for, mas a dor passou.

Agora, 2013 foi uma sucessão interminável de socos, puxões de cabelo, rasteiras e de chutes enquanto você ainda estava no chão. Em 2013 você sentiu falta de ar vezes de mais, ao ponto de você se perguntar se sequer valia a pena tentar se levantar de novo. Você duvidou de quem você era, do que você fazia, do que você queria para a sua vida. E você fez isso o tempo todo, sem pausas. Você não teve tempo para respirar em meio aos três milhões de semestres, as inexistentes férias ou recessos. Você viu as pessoas rodarem os olhos para você quando você disse que estava com medo, que você achava que algo que você fez não era bom o bastante. Não importa se era ou não, você tinha o direito de ter medo de estar errada e nem isso você teve.

Agora parando com a segunda pessoa, porque todos vocês sabem bem que quem eu estou falando, 2013 foi um ano impossível. Ele está aí, acabando e eu ainda acho que ele não me humilhou ou me deu rasteiras o suficiente. Aconteceram coisas boas sim, que por acaso foram consequências felizes de outras pequenas tragédias. A república de estudantes que eu morava fechou porque o campus mudou de bairro e em meio ao estresse da mudança (porque mudanças para mim são sempre estressantes) a solução veio com a oferta de um grande amigo e eu agora vivo num bairro que nunca imaginei que fosse amar tanto. Mas foi bem isso aí, uma única coisa boa em meio a dois trilhões de pequenas tragédias:

– Apesar de eu amar o lugar em que vivo agora, os valores de aluguel e contas literalmente triplicaram. Ou seja, cinema e outras coisas que aliviam a dor e o estresse agora só uma vez a cada três, quatro meses e olhe lá;

– Minha bolsa de IC foi negada. Duas vezes. O que me fez reconsiderar todas as minhas escolhas da vida e o que eu estava fazendo estudando História porque aparentemente meu tema de pesquisa consegue ser ao mesmo bom demais e sem significância alguma (?!?!?!);

– Houve um incidente terrível envolvendo o cemitério onde meu pai está enterrado que foi quase a gota d’água de 2013. E olha que ainda estávamos em Agosto;

– Nada, nada do que eu escrevo parece bom o bastante e escrever para mim é tão essencial quanto respirar. Se eu não me sinto segura com relação ao que eu escrevo, minha vontade de levantar da cama e encarar o mundo cai em 97,48%;

– Eu não tive férias e eu não terei férias até dezembro de 2014 porque a vida é injusta assim.

Isso só para cobrir os grandes hits. Enfim, meu ponto é: 2013 foi péssimo, já foi tarde e tals. Adeus, não volte e não me escreva.

Ass.: Cel/Amaruk/Dana/YOLO

ps. Mas tenho de admitir que “Círculo de Fogo” e “Em Chamas” foram bons filmes.

Wishlists: sobre canecas, meias e boticário

Vira e mexe em alguma rede social alguém compartilha algo sobre como todo mundo adooora dar indiretas nas ‘miga pelo FB. Vira e mexe tu topa com um post de um fulano com quem tu não conversa há milênios e pensa que por alguma razão aquilo é sobre/pra você. Nossa paranóia de cada dia é alimentada pelo nosso newsfeed em um misto da síndrome ‘O Mundo Gira Ao Redor Do [meu] Umbigo e Ninguém Me Ama [ninguém me quer, soy forever alone]. Que atire a primeira pedra (ou me delete da sua lista de amigos) quem nunca se sentiu pessoalmente ofendido por algo que nem de longe tinha a ver contigo.

Bom, acontece que hoje, enquanto euzinha lavava uma louça de duas semanas, pensei sobre como esse mar de indiretas devia servir para alguma coisa, nem que fosse como catarse. Mas sabendo que muita gente morre de medo de dizer nas minhas fuças coisas que os(as) incomodam com relação a minha pessoa, achei que podia livrá-los(as) de suas respectivas misérias e fazer um blog só de “indiretas úteis”. Ou seja, em vez de dizer “povo deveria se mancar e parar de fazer tal coisa” eu espero a poeira baixar e escrevo porque aquilo me incomoda(ou). Não vai servir de nada além de me fazer sentir melhor, mas quem sabe pelo menos uma pessoa ou outra tira algo de positivo disso tudo?

Enfim, considerando que já estamos em Novembro e época de festas tá chegando pensei que minha primeira indireta útil deveria ser sobre presentes. Todos gostamos de ganhar presentes (particularmente sou muito fã de dar presentes pras gente que realmente importam), mas a triste verdade é não gostamos de todos os presentes que ganhamos e nem sempre lembramos que o que vale é a intenção (claro, na maioria das vezes, é a tal estrada pro inferno, pavimentada com isso aeh). O que não muda o fato que tu sente vontade de cuspir o sorriso amarelo e enfiar o presente nas goela do grego na sua frente. Sendo assim, no clima de wishlist, vou deixar aqui uma listinha de coisas que podem parecer que são ótimos presentes para minha pessoa, mas que não são:

1. Produtos de beleza/perfumes/cremes/sabonetes-em-estado-líquido/coisas-de-passar-na-cara-e-no-corpo-e-afins:

~ Pooois é. Contrariando o bom senso de boa parte da clientela feminina mundial, eu odeio, O-D-E-I-O qualquer um dos itens acima descritos. O único creme que chega perto da minha pele é protetor solar e apenas quando estritamente necessário. Tenho pavor a cheiros fortes de perfume (todo mundo devia só cheirar a sabonete que tava lindo demais) e, aliás, tenho vontade de surrar a pessoa que inventou a droga do sabonete líquido. A não ser que o contexto seja um banheiro público em que não daria pra todo mundo meter a mão na mesma barra, então não, sabonete líquido NÃO é legal, tiraessacoisadepertodemim (se bem que adoro aqueles que são tipo uma espuminha… vai me entender). Enfim, eu não vou destratar, nem bater, nem fazer cara feia para alguém que me der qualquer uma dessas coisas (pelo contrário, como manda a boa educação, ficarei agradecida, se não pelo presente, pelo gesto, que é lindo sempre), mas também não vou usar, sorry.

2. Bichinhos de pelúcia:

~ São tipo bebês pra mim: acho lindo quando é dos outros. A não ser que seja do meu personagem preferido do meu seriado preferido, nope, no way, não me venha com bichinhos de pelúcia. São coisas que ocupam um espaço dos infernos e só servem para acumular pó. Tenho uma meia dúzia que não me livro porque ~  aham ~ foram presente de gente que eu amo demais, mas não quero mais não, thanks a lot. Isso claramente não se aplica a bonecos/bonecas. Esses também ocupam espaço e enchem de pó, mas bem menos que os tais bichados.

3. Enfeites/vasos/flores

~ A não ser que seja algo relativo a coisas que eu gosto muito (tipo, sei lá, UK, Londres etc.), por favor, não me venham com nenhum “enfeite” que na tua cabeça é lindo, mas que eu vou ter de enfiar em algum canto pra ficar pegando pó. Lindo é relativo. Se tu está na dúvida se eu vou gostar, não gaste teu precioso dinheirinho com isso.

4. Brincos/colar/pulseiras/anéis/bijuteria

~ Eu uso exatamente um treco pendurado e é minha corrente com uma Cruz de Malta (foto abaixo). A não ser que tu queira me dar correntes novas e fortes e simples e prateadas para usar com a tal cruz, não perca teu precioso tempo numa joalheira porque o teu presente vai acabar numa caixinha junto com todos os outros brincos/anéis que alguém me deu ao longo da vida até eventualmente ser transferido para minhas sobrinhas lindas (ou sobrinhos, se assim eles quiserem um dia). Pulseiras eu até curto, embora não seja uma boa usuária delas (mas eu tento).

heartmalta


… Ah, meu deus Cel/Dana/Amaruk, que porre que tu é, criatura. Então do que é que tu gosta, caceta?

Eu gosto, basicamente, de coisas que façam alguma diferença no meu dia a dia ou que remetam aos meus fandoms preferidos ou outras coisas próximas. Bonecas de porcelana me deixam feliz porque me lembram diariamente de um dos meus filmes favoritos (Entrevista com o Vampiro), porta-retratos eu posso colocar fotos das amiga. Mas se você quer ser certeiro(a), eu gosto mesmo de coisas úteis, que eu possa usar, manusear, que eu precise para me sentir uma pessoa melhor. Por exemplo:

1. Livros:

~ Difícil errar comigo quando assunto for “livros”. Ler é a coisa que me deixa mais feliz em todo o universo, então me dar livros de presente é conquistar um espacinho perpétuo no meu coração. Tu só erra se me aparecer com coisas muito absurdas (tipo, sei lá, a série Twilight ou [sua fanfic] 50 Tons) ou se me der algo que eu já tenha (e isso nem é errar muito, porque se eu já tenho, é porque eu gosto/preciso muito). Um dia eu ainda irei sentar e registrar todos os livros que eu tenho porque é algo bom de se ter a mão, não só para o povo de fora, mas também pra eu ter noção do que eu tenho e manter um registro do que eu emprestei e essas coisas. Até lá. Aqui você encontra uma lista dos livros e HQs/mangás que no momento (Maio./2018) fazem parte da minha humilde biblioteca. Eu também tenho uma lista de desejos na Amazon com os livros que ando namorando atualmente. Quem quiser se arriscar fora isso, tópicos que amo de paixão: idade média, literatura fantástica, romance policial (Agatha Christie é rainha), coisas viadas, literatura britânica do século XIX e graphic novels. Autores favoritos: Neil Gaiman, Alan Moore, J. K. Rowling (e seu pseudônimo Robert Galbraith), Mario Puzo, Agatha Christie, Edgar Alan Poe, Julio Verne etc. Ah, e se o original do livro em questão for em inglês, não tenha dúvidas, eu prefiro ler no original. Gosto de pocket books porque as costas são fracas, mas e-books são amores também.

bookseverywhereandbeyond

2. DVDs:

~ Basicamente o mesmo caso dos livros. Também irei fazer uma listagem das coisas que eu tenho, eventualmente. Minha coleção de DVDs (sim, dvds, não blue-rays porque não tenho onde rodar essas coisas e nenhuma previsão de ter onde rodar essas coisas) está na verdade beeem desatualizada e você pode ver a lista aqui. Anyway, séries que assisto/assisti e amaria ter em DVD: Criminal Minds (tudo), Lost (a 1ª ou 2ª temporada apenas, pois já tenho a 3ª e a 4ª e todas sabemos que Lost não presta depois da 4ª -q), House (a partir da 6ª), Supernatural (a partir da 4ª), Grey’s Anatomy (tudo), Sherlock (até a 3ª, apenas), Game of Thrones (tuuuudo) etc. Já com filmes o negócio é mais sério, porque eu realmente tenho que gostar do filme para fazer questão de tê-lo em DVD, se não é mais baixar, ver uma vez e zás. Filmes que me veem a cabeça agora que gostei o bastante para querer o dvd, um dia: o primeiro (e apenas o primeiro) filme de Pacific Rim (Círculo de Fogo), Os Oito OdiadosO Curioso Caso de Benjamin ButtonThe Magnificent Seven (Sete Homens e um Destino), Jogos Vorazes (todos) etc. Eu tenho uma versão bem simples dos três filmes de Senhor dos Anéis e a versão estendida de Uma jornada inesperada de Hobbit, mas pretendo um dia comprar a versão mega-blaster-estendida-com-duas-mil-horas-de-extra-de-todos-os-seis-filmes-que-eu-sei-que-já-saiu-mas-está-os-olhos-da-cara. Até lá, prefiro não ganhar dvds tolkienianos, porque se não eventualmente terei coisas repetidas. :p (e por favor, jamais, JAMAIS me deem os filmes de Harry Potter, >.< eu amo os livros de HP com todas as minhas forças, e até acho os filmes legaizinhos, mas não o suficiente para querer revê-los com alguma frequência).

3. Eletrônicos

~ Pendrives, mouses, fones de ouvido e afins. Jamais são o bastante e, portanto, sempre muito, muito bem-vindos. Sim, nenhum dura para sempre, mas sinceramente, se tu quer que eu fique com algo seu pro resto da minha vida, só mesmo contribuindo financeiramente para eu dar uma bela irmã a minha linda [e única] tatuagem (vide foto a seguir), que está planejada há milênios apenas aguardando o devido patrocínio eu tomar vergonha na cara.

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4. Bolsas “mensageiro”:

~ Eu sou uma pessoa que carrega muitas tralhas pra lá e pra cá (livros, garrafa d’água, nécessaire, bloquinhos de anotação, estojo, guarda-chuva etc.), então estou sempre detonando minhas bolsas e, além de tudo sou paranoica e vivo em São Paulo, por isso, não gosto de carregar mochilas a não ser que seja estritamente necessário (porque não dá pra ver o que tá acontecendo nas minhas costas, né). Daí, como prefiro ter controle de onde estão minhas coisas a todos os momentos, meu tipo de bolsa atual favorito são as messenger bags, basicamente, bolsas estilo “carteiro”. O ideal é que sejam de um tamanho que caiba um laptop/notebook. Seguem uns exemplos felizes:

 

 


5. Agora, coisas baratinhas porque não tá fácil pra ninguém, NÉ:

~ Bicos de pato (mas precisam ser daqueles “lisos”, ou seja, sem dente/serrilhados, tipo esse aqui), palitos e xuxinhas de cabelo: eu tenho um cabelo GIGANTE que em nome da minha sanidade fica preso boa parte do tempo, então, eu sempre preciso de coisas para tal e elas desgastam e acabam e somem no limbo dimensional com certa frequência. Eu nunca tenho bicos de pato o bastante para ser plenamente feliz;

~ Canecas: quando fazia licenciatura minha professora de Libras me apresentou a expressão “cara de caneca”, que é basicamente a cara que as pessoas fazem quando ganham canecas. Ela obviamente quis dizer que era uma cara “meio assim né”, de quem comeu e não gostou, mas, gente, não se enganem por essa ideia: EU-AMO-CANECAS. Especialmente quando são relativos a coisinhas que eu curto de montão, como Londres/Inglaterra (vide foto a seguir) ou como essa linda caneca de Welcome To Night Vale (esqueçam, eu acabei comprando eu mesma a caneca hahaha), que é o podcast mais amor das Internetz. Como bebedora de chá eu digo, canecas são amor. Jamais tenham medo de dar canecas. Nunca há canecas demais. *o*

canecas-e-pendurricalhos

~ Meias, camisetas e afins: eu totalmente entendo o Dumbledore quando ele diz que se vê segurando um par de meias no espelho de Ojesed. Meias nunca são demais: meias soquete, meias até logo abaixo da panturrilha, meias-calças (só lembre que comigo só se for EXGG, né), meias sete oitavos, meias de nylon pequenas para usar com sapatilhas, meias de lã felizes pro inverno. Jamais ignore o poder de meias. Meias são os presentes mais subestimados do mundo, okay. E pode go crazy nas cores, eu uso mais preto e branco, mas outras cores e estampas são bem-vindas! Camisetas de coisas nerds/geeks também são amor (meu tamanho é G para modelos masculinos e EXGG para femininos). ❤

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~ Cachecóis, lenços, echarpes, xales etc.: uma paixão recente, admito. Sou uma pessoa que sente muito calor, MAS que também sente frio (*whispers*masprecisaestarmenosde15grausokay*whispers*). Daí entram os cachecóis, lenços, echarpes, xales e relacionados pra complementar o visu. Amo todos. Cores mais sóbrias e lisas (preto, azul, verde, vermelho/vinho) são bem-vindas, mas tb vou amar uns estampados bonitões.

~ Coca-zero/light: explicações não são necessárias, acredito. Todos os tamanhos e formatos são bem-vindos (infelizmente drasticamente reduzido de minha vida porque agora sou uma infeliz pessoa que sofre de gastrite/esofagite) 😦 ~ maaaas podem me levar pra tomar suco de melancia que também aceitamos! ❤

~ Chá preto inglês ❤ porque o meu estoque tá nas últimas e a vida é muito triste sem chá preto com pinguinho de leite no café da manhã. D: Dos que vendem no Brasil, essa marca/tipo aqui é o que achei mais parecido.

~ Bloquinhos de papel/canetas/itens de papelaria e afins: gente, eu escrevo, logo, JAMAIS haverá bloquinhos de papel em demasia. Não sejam tímidos, eu quero TODOS. E eu até curto agendas, mas sou incapaz de usá-las, ou seja, elas também viram canto para anotações, eventualmente. :p

~  Massagem nas costas: FAÇA VOCÊ MESMO, não vai custar nada e eu vou te amar pra sempre. ❤

~ A música que inicia esse documentário maravilhoso. Reza-se a lenda que o nome dela é “Mu Ndenge Ami” (de uma pessoa chamada Rui Mingas), mas eu já virei as internetz do avesso e NADA. Topo inclusive alguém que simplesmente me indique uma loja onde possa comprar o CD/LP/whatever. Quero muito essa música, tô procurando há uns CINCO anos, cêis não tem noção… vou amá-lo(a) pra sempre se me fizer essa gentileza. ❤

~ Bolo de cenoura, quindim e pavê de amendoim, seja feito por você, pelo seu pai, pela sua tia, pela moça da loja de doces, eu não ligo (só não vale ser de caixinha, pq daí é ruim a beça mesmo -q).

6. … Agora, no caso de tu desejar o meu corpo nu:

– Um Kindle Paperwhite ou contribuições para futuras viagens hahahahaha (ah, podem me dar guias de viagens pra países da Europa tb, ora pois!). xD

E gente, na dúvida, sério: pergunte. Se não pra mim, para alguém próximo a mim. :p Merry x-mas!